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Chegada da Primavera e das Alergias Oculares

As alergias oculares afetam uma em cada cinco pessoas, consistindo numa doença inflamatória e recorrente da superfície ocular externa. Mais comuns no início da primavera, estas alergias causam um impacto na qualidade de vida e no grau de absentismo escolar e profissional.

Causas prováveis das alergias oculares

As doenças alérgicas oculares podem ser provocadas por diversos fatores, por exemplo:

  • Meio ambiente;
  • Medicamentos;
  • Produtos cosméticos;
  • Produtos das lentes de contacto;
  • Fatores genéticos.

As 5 formas clínicas de alergias oculares

1. Conjuntivite alérgica

Esta é a alergia mais comum, manifestando-se em 70% dos doentes com rinite alérgica, sendo muitas vezes acompanhada por sintomas nasais de rinite.

Segundo explica o oftalmologista: “Pode ser sazonal, provocada por pólenes das gramíneas, oliveira e parietária (planta da família da urtiga), ou perene, por ácaros do pó da casa e epitélios de animais domésticos (por exemplo, o gato), com agravamento à noite e ao levantar”.

Sintomas: Caracteriza-se por lacrimejo e prurido (comichão na pele), em contraste com a conjuntivite infeciosa (bacteriana ou vírica) que apresenta secreções sero-mucosas e formação de crostas matinais.

2. Queratoconjuntivite vernal

A Queratoconjuntivite vernal é uma doença rara e grave que afeta, na primavera/verão, crianças e adolescentes.

Sintomas: Prurido intenso, extrema fotofobia e visão enevoada por inflamação da córnea.

3. Queratoconjuntivite atópica

Esta alergia ocular manifesta-se mais no adulto através de pálpebras inflamadas e com crostas (blefarite). Sendo esta a alergia com maior risco de cegueira, o tratamento para contenção tornar-se-á, assim, mais prolongado.

Ao mesmo tempo, surgem com relativa frequência cataratas e queratocone (córnea em forma de cone).

4. Conjuntivite gigantopapilar

Surge por aderência de alergénios ou material proteico, de uma limpeza deficiente da superfície das lentes de contacto moles (hidrófilas) ou por reação alérgica aos conservantes das soluções de armazenamento e limpeza das lentes.

5. Blefaroconjuntivite de contacto/tóxica

Esta alergia está associada à toxicidade ou sensibilização induzidas por cosméticos e constituintes farmacológicos ou conservantes presentes em colírios e pomadas oftálmicas, quando usados repetidamente.

Diversos produtos de cosmética podem estar envolvidos, nomeadamente:

  • Instrumentos de cosmética ocular: por exemplo, os eyeliners.
  • Produtos aplicados no cabelo, face ou unhas: ao entrarem em contacto com os olhos acabam por, dessa forma, provocar uma maior sensibilização.
  • As armações e os parafusos metálicos dos óculos podem, também, originar eczema de contacto à volta da órbita ocular, em doentes com sensibilidade ao níquel.

Prevenção e tratamento das alergias oculares

Ao evitar as potenciais causas do aparecimento das alergias, com medidas de evicção e ao diminuir a exposição aos alergénios, quando identificados pelo alergologista, as hipóteses de contrair alergias oculares serão, portanto, mais reduzidas.

No entanto, na época polínica de março a julho deve ter os seguintes cuidados:

  • Utilizar óculos escuros: com 100% filtração ultravioleta.
  • Evitar cortar relva ou andar ao ar livre nas primeiras horas da manhã, durante dias ventosos ou quentes e secos.
  • Impedir a acumulação de pó e de ácaros domésticos: presentes maioritariamente na cama, almofadas, cobertores e colchões.

Ao deparar-se ou suspeitar de alguma alergia ocular em si, ou na sua família o mais acertado é dirigir-se a um oftalmologista e realizar uma consulta para poder diminuir as chances de agravamento. Na Opticlasse encontra os serviços de oftalmologia, optometria, contactologia e audiometria ao seu dispor.

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